Festa São Benedito encerra na terça-feira com missa celebrada por bispo e tradicional procissão em Poços de Caldas 5y1j6n

13.05.2025

No domingo (11), foi realizada a encenação da retirada dos caiapós, um dos eventos mais tradicionais

A Festa de São Benedito, uma das mais antigas e tradicionais de Poços de Caldas (MG), termina nesta terça-feira (13) com uma missa celebrada pelo bispo Dom José Lanza e uma tradicional procissão que reúne milhares de pessoas.

A festa completou 121 edições este ano. Iniciada em 1º de maio, teve celebrações religiosas e quermesse todas as noites. O evento é tão tradicional na cidade que o seu último dia, em 13 de maio, é feriado municipal.

A programação da terça-feira começa às 10h, com a missa, na qual há a participação dos grupos de congado e de caiapós da cidade.

"É uma missa na qual eles são integrados, cantam, apresentam e depois da celebração eles fazem uma apresentação de todos os ternos de congos e caiapós", afirmou o padre Reginaldo, pároco da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, responsável pela festa de São Benedito.

Às 16h, ocorre a procissão, que sai da capela São Benedito, com trajeto pelas principais ruas do centro.

De noite acontece o último dia da quermesse. As barracas de várias paróquias da cidade servem tutu, pão de queijo com pernil, caldos, porções e quentão, além de outras bebidas.

Retirada dos caiapós

No domingo (11) foi realizado um dos marcos tradicionais da festa: a encenação da retirada dos caiapós.

Em meio à natureza da Fonte dos Amores em Poços de Caldas, seis grupos de ternos de congo e dois grupos Caiapós participam do ato que representa o encontro dos negros, representados pelo congado, com os indígenas - primeiro povo escravizado no Brasil - para avisa-los que a Lei Áurea havia sido assinada e a escravidão havia acabado.

Vítor Augusto Ramos está há décadas no grupo dos caiapó da Vila Cruz e trabalha para a manutenção da tradição. É ele mesmo quem desenha envolve e confecciona os trajes usados nas apresentações.

"Que nós possamos levar isso para frente, deixar os filhos que são pequenos aprender também a fazer tanto no congo como no caiapó. Pôr as crianças para aprender a dançar, a levar uma cultura para frente", disse.

A família da professora Elizabeth Ramos participa todos os anos. A tradição faz parte de uma promessa feita para São Benedito.

“O meu pai dança desde os 7 anos e quando a minha filha ficou doente e entrou em coma, ele fez a promessa que se ela curasse ele ia ficar 10 anos sem dançar e quando ele voltasse a dançar, a família inteira ia dançar junto. Porque só o meu irmão dançava, as meninas não dançavam. E família inteira dança para pagar essa promessa eternamente”, contou.


Foto: Divulgação Prefeitura de Poços de Caldas

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Fonte - g1 Sul de Minas

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